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SERGIPE: Número de crianças e adolescentes com hanseníase aumentam
03/04/2019 16:28 em Notícias Gerais

A hanseníase é um dos problemas de saúde pública mais antigos de que se tem conhecimento. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil registrou 26.875 novos casos da doença só em2017, ocupando o segundo lugar entre os quase 150 países que informaram casos novos à OMS. Em Sergipe, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, em 2018 foram diagnosticados 367 casos novos da doença, e chamam atenção para a quantidade de casos com menos de 15 anos, conforme explica a Responsável Técnica do Programa de Hanseníase do Estado de Sergipe, Maria Betânia Faria Baneo.

“Verificado nos últimos anos há um crescimento considerável de casos novos de hanseníase e uma preocupação nos menores de 15 anos, né? Que nos últimos anos vem crescendo. Então o plano de ação nosso é estar qualificando os profissionais das unidades de saúde para que eles possam fazer um diagnóstico preciso e precoce e, principalmente, quando se detecta a hanseníase, fazer a avaliação do grau de capacidade. Então há uma preocupação para que se se quebre a cadeia de transmissão e que haja um controle sobre a doença aqui no estado”.

A hanseníase é uma doença bacteriana transmitida através de fluídos orais presentes na respiração, por exemplo. Diferentemente do que acreditam muitas pessoas, não é possível contrair a doença apenas tocando uma pessoa com hanseníase. A contaminação precisa de um contato prolongado e que pode durar até 10 anos para o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas. Portanto, a presença de um menor de 15 anos com a doença acaba sendo um indicativo de que há outras pessoas em seu convívio transmitindo os bacilos, conforme explica a coordenadora-geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro Filha.

“Pode ser que em uma família com alguém doente, essa pessoa não seja a fonte de infecção, então a gente tem que buscar. Criança adoecendo de hanseníase, não deveria. Significa que tem alguém próximo, adulto, dessa pessoa, né? Dessa criança... Que está sem tratamento e está transmitindo. Então um indicador alerta pra qualquer município é ter criança com hanseníase. Então todos os contatos dos casos diagnosticados devem ser examinados, porque certamente tem alguém doente e a gente tem que buscar essa fonte de infecção para poder eliminar a cadeira de transmissão.”

Créditos: Sabrine Cruz - Agência do Rádio

Por isso, o importante é ficar atento aos sinais do seu corpo. Ao surgimento de qualquer mancha em que você perceba a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. Por isso, não esqueça: identificou, tratou, curou. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/hanseniase.

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