LUCIANA ARCHETE

Jornalista MG19681JP

Uma cidade organizada e que respeita o seu cidadão e, principalmente os visitantes (turistas ou trabalhadores temporários) é aquela que identifica os seus logradouros (ruas, avenidas, vielas, vilas e tudo mais).

Na maioria das cidades, este serviço é realizado pela secretaria municipal de Trânsito ou departamento, como é o Caso do Demuttran (Departamento Municipal de Trânsito e Transportes) em Muriaé.

Estas entidades fazem a prestação de serviços de instalação e manutenção corretiva, de conservação, de substituição e remoção ou remanejamento sinalização toponímica das vias e logradouros públicos. No entanto, em Muriaé, este serviço praticamente inexiste.

A maioria das ruas não possuem identificação nas esquina e, quando há, são placas que não seguem um padrão definido, doado (em sua grande maioria) por políticos que acabam fazendo propaganda de si próprio, deixando o nome ali por diversos anos, como se dono fosse daquele local ou, praticamente, informando que aquele “reduto” pertence a ele.

Podemos até entender que a via ficou identificada, mas, infelizmente é a falta do Poder Executivo atuando onde deveria estar e, quando essa falta é sentida, qualquer um se torna dono para fazer o que bem entende e quando o desejar.

Algumas placas de ruas em Muriaé estão totalmente destruídas, outras colocadas quase que no chão, algumas, atrás de abraçadeiras, mas, enfim, é o que Muriaé possui. Os moradores, carteiros, serviços de entrega que perguntem aqui e ali sobre os locais ode precisam chegar.

Na praça Walter Custódio Moraes, bairro João VI, ela não informa bairro, CEP e está colocada quase que no chão. O problema aí também é que a praça inexiste.

Na rua Rosa Ferrari Braz, bairro Safira, está toda enferrujada e retorcida. A Vila José Celestino de Almeida, escondida e colocada por moradores.

Em algumas cidades, este tipo de serviço não tem custo ao município e é explorado por empresas de publicidade e propaganda que instalam postes nas esquinas, seguindo normas técnicas determinadas em leis específicas. Estas empresas exploram a parte superior dos postes.

O objetivo é colocar placas com nomes facilitando a identificação das ruas tanto para quem circula de carro como para quem caminha por ela.

Tempos atrás foi anunciado pelo Poder Público Municipal que o trânsito estava municipalizado, ou seja, é a cidade que decide onde sinais, placas e radares serão instalados, além de colocar agentes municipais de trânsito nas ruas e implantar o sistema Rotativo 9ou Zona Azul) onde se cobra pelas vagas de estacionamento nas vias.

Isso é determinado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que disciplina, ou pelo menos tenta disciplinar, a confusão que se instalou nas ruas das médias e grandes cidades do Brasil como é o caso de Muriaé, onde o Demuttran vem, a mais de um mês tentando impedir que comerciantes utilizem a chamada “Lei do Cone” para promover reservas de vagas.

Cuidar do trânsito é uma obrigação da prefeitura, mas você também é importante para termos uma cidade mais segura para todos. Comece a fazer a sua parte votando conscientemente para escolher o prefeito de sua cidade.

Após a implantação do projeto, os moradores ganham cidadania com um endereço único, passando a ter um serviço confiável de recebimento de correspondências, de encomendas, entre outros. Além disso, a Prefeitura passa a ter uma base cartográfica atualizada. É aguardar para ver se a atual gestão fará o serviço que se espera ou se deixará que outro governante venha melhorar a identificação de nossas vias.